Kadidiatou Diani/Nadia Nadim: “Temos que ser inteligentes diante essa situação”
As atacantes parisienses Kadidiatou Diani e Nadia Nadim falaram sobre a sua rotina durante o período de confinamento.
Desde o início da crise sanitária do COVID-19, todas os atletas do Paris Saint-Germain tiveram o seu cotidiano alterado e, para a equipe feminina de Olivier Echouafni, mesmo tendo uma programação de rotina personalizada pelo clube, o confinamento é algo novo, como dito por Kadidiatou Diani e Nadia Nadim.
“Tento me ocupar todos os dias ao realizar coisas diferentes. Trabalho e pratico esporte. Sigo o programa que o clube me entregou, focado principalmente na musculação. Não é fácil, mas no momento o mais importante é respeitar as regras e o que foi pedido”, disse Kadi através de uma videoconferência.
Já Nadia Nadim, da seleção dinamarquesa, acabou reencontrando sua família: “Voltei para a Dinamarca. Estou muito bem. Claro que o futebol, o PSG e minhas colegas fazem falta. Mas considerando a situação, tudo o que está acontecendo no mundo... Estou feliz de estar aqui com minha família. Vivo numa zona rural. Temos muito espaço e pouca gente ao nosso redor. Aí trabalho no jardim e trabalho como lenhadora. Gosto bastante dos pesos feitos em casa. Carrego eles em minhas costas. Também faço muitas corridas. Treino com bola e não preciso muito de máquinas sofisticadas e da academia para continuar em forma. Utilizo tudo que está ao meu redor. Como atacante, tenho que seguir em forma e estou me virando bem no momento. Pierre, nosso treinador de reforço muscular, me envia a programação e a programação do clube. Sigo os seus exercícios, mas também faço os meus querendo trabalhar sempre um pouco mais. Sei que é um momento ruim, mas também acho que é uma oportunidade para tentar melhorar algumas coisas”.
O mais complicado para Kadi e Nadia é a falta de contato com suas companheiras. “Sinto prazer em manter contato com minhas colegas graças aos desafios no Instagram." Já a internacional dinamarquesa dedica seu tempo ao Whatsapp. “Mantenho contato com minhas companheiras graças ao nosso grupo. Fico sabendo das notícias para ver como elas estão em seus países, em suas casas. É realmente complicado e difícil estar afastada dessa vida ativa. É algo muito novo para todos, não apenas para mim. Entendo que não é um período fácil, mas temos que ser inteligentes, pois não é algo pequeno. Sabemos que, fazendo isso, é para proteger os mais fracos. Existem pessoas que estão em perigo”.
A camisa 10 do Paris, que está estudando Medicina enquanto segue com a carreira de jogadora, falou sobre a situação de seu país. “A Dinamarca foi um dos primeiros países a parar com tudo. Tudo foi fechado, de forma parecida como fez a França. Gostei bastante da abordagem, espero que as pessoas entendam a situação para continuar em casa durante algumas semanas. Minha irmã mais velha é médica e minhas irmãs mais novas são enfermeiras. Elas estão trabalhando todos os dias. Tenho muitos amigos médicos. Se a situação se agravar, eles vão precisar ir. Com certeza serei voluntária, mas sei que temos que ser inteligentes diante essa situação”.
Frente ao momento de crise, as jogadoras parisienses compartilharam todo o seu apoio com as equipes médicas, mas também com as pessoas que vivem dificuldades onde moram. “Para todos que nos seguem, gostaria de dizer que respeitassem as exigências, que prestem atenção e que limitem as suas saídas. Também tenho que agradecer as equipes dos hospitais, pois eles estão na linha de frente. Dou todo o meu apoio a eles”, declarou Diani.
Da sua parte, Nadim disse: “É uma situação complicada. Mas acredito que, se você quiser seguir em forma, você pode encontrar diversos meios para conseguir. E também pode cuidar da sua mente. Não fique contrariado, é algo temporário. Isso não vai durar para sempre e siga forte, continuando dentro de suas casas!”.