Vitinha: 'Uma grande competição que nos motiva'

Entrevistas

O meio-campista do Paris Saint-Germain falou sobre a adaptação ao elenco após sua chegada neste verão europeu.

Vitinha, você está em Paris há dois meses. Como se sentiu quando chegou aqui?

"Fui muito bem recebido. Eu realmente me senti querido. Para um jogador vindo do exterior, sentir essa recepção e esse calor foi ótimo, porque você está chegando em um lugar onde sente que as pessoas querem que você esteja. Foi o que senti desde o começo, e continua assim. É o começo perfeito."

Você se sentiu privilegiado por entrar em um vestiário com tanta qualidade?

"Eu realmente não sabia o que esperar. Eu não tinha ideia de como era este ou aquele jogador. Eu só sabia quem eles eram, o que eles tinham feito no futebol. Claro, é difícil, ou melhor, eu pensei que seria ser difícil chegar a um vestiário como esse. Mas a verdade é que minha adaptação foi muito fácil. Todos os jogadores têm sido muito prestativos. Eu pude, desde o início, falar com eles como falo com os meus outros amigos. Quando é assim, as coisas são muito mais fáceis, dentro e fora de campo. O Danilo e o Nuno, em particular, me ajudaram. Já os conhecia. São duas pessoas extraordinárias, além de serem jogadores incríveis . Eles me fizeram sentir em casa."

A turnê pelo Japão veio logo no início. Isso te deu a chance de conhecer todo mundo?

"Foi a primeira vez que fiz uma turnê dessas com um clube. Foi incrível! As pessoas também foram. A forma como o público nos assistia e nos idolatrava foi especial. Foi uma experiência muito boa e, no Japão, comecei a construir relacionamentos com meus companheiros de equipe, porque estávamos juntos o dia todo, todos os dias. Conversamos, rimos, ouvimos um ao outro. Com o passar dos dias, fomos nos conhecendo e nos aproximando."

Pareceu fácil para você criar vínculos com os outros…

"Estou muito feliz que tenha acontecido dessa maneira. Rapidamente, nos entendemos. É muito fácil. Me senti em casa, à vontade em campo, à vontade jogando com meus novos companheiros, porque as coisas aconteceram naturalmente e também graças ao meu estilo de jogo, que é de querer ter a bola, ter muita mobilidade. As coisas correram muito bem desde o início. Não foi perfeito, mas quase. Senti uma boa conexão com todos os meus companheiros e a bola rolou muito bem entre nós. O objetivo é continuar no mesmo caminho individualmente e como equipe. É a única maneira de conseguirmos grandes feitos."

Você também está conhecendo uma nova liga…

 

"Eu tinha uma ideia do que era a Ligue 1, mas assistir e jogar em uma liga são duas coisas muito diferentes. Todas as partidas são muito competitivas e as equipes são difíceis de derrotar. Eles são organizados, físicos, o que significa que temos o bola na maioria dos nossos jogos. Isso exige muito trabalho e mobilidade, mas conseguimos fazer isso até agora e queremos continuar assim. Em relação às outras equipes e à experiência que tive até agora, o que impressionou é o tamanho dos estádios, as diferenças entre os estádios, a atmosfera nesta grande liga. Há algumas ótimas atmosferas para jogar, como em Lille, Nantes ou Toulouse. Estou me divertindo muito, e quero continuar fazendo isso com o maior número de vitórias possível."

 

Na quarta-feira, você terá sua primeira viagem pela Liga dos Campeões com o Paris Saint-Germain, com a ida a Israel…

"Estou pronto para iniciar qualquer jogo, seja contra Maccabi Haifa, Juventus ou Benfica. São partidas da Liga dos Campeões e você quer se sentir bem em campo nesses jogos. É uma grande competição que nos motiva."

E para concluir, como você consegue entender tudo e até falar francês fora das câmeras depois de apenas dois meses aqui?

 

"Acho que muitas palavras são uma mistura. Há muitas palavras parecidas com inglês, português e espanhol. Conheço bem inglês e português, e um pouco de espanhol, então entendo a maioria das coisas que ouço. Diariamente, tento falar o máximo possível e cometo muitos erros, mas as pessoas me corrigem e eu aprendo assim. Você tem que tentar. Sinto que já posso ter uma conversa mais ou menos normal na França, mesmo que eu cometa muitos erros. Tento sempre falar cada vez mais para melhorar."