Paris x Liverpool: Uma categoria de prestígio

Campanhas

Com sete vitórias nos primeiros sete jogos da fase de liga, o Liverpool impôs o seu estilo à toda Europa nesta campanha da Liga dos Campeões. Já assegurados na 1ª posição ao final da primeira fase, os Reds perderam em Eindhoven numa última rodada sem perigo, com um time bastante remodelado (3-2). Antes disso, o líder da Premier League havia vencido notavelmente AC Milan (1-3), Leipzig (0-1), Leverkusen (4-0) e Real Madrid (2-0). Tudo isso sofrendo apenas um gol em todas essas partidas. Resultados excepcionais, que fizeram do LFC um dos grandes favoritos à conquista.

Por sua vez, o Paris Saint-Germain teve uma trajetória muito diferente. Inicialmente em dificuldades após derrotas contra Atlético de Madrid (1-2) e Bayern de Munique (1-0), o clube da capital conseguiu superar-se para derrotar Salzburg (0-3), Manchester City (4-2) e depois Stuttgart (1-4), garantindo assim um 15º lugar nos play-offs. Uma fase intermediária da qual os Reds escaparam, ao contrário do Brest, o último adversário europeu a ter sofrido com os Rouge et Bleu. Depois de vencer a primeira partida na Bretanha (0-3), os parisienses garantiram uma vitória retumbante no Parc des Princes (7-0), classificando-se assim para as oitavas de final.

O adversário

Arne Slot e sua equipe se apresentam principalmente no sistema de jogo 4-2-3-1, facilmente alterado para o 4-3-3. No gol, Alisson faz sua sétima temporada como titular dos Reds. O brasileiro, que ainda se destaca como um dos melhores goleiros do mundo, deve ser acompanhado por outro pilar do clube inglês à sua frente: Virgil van Dijk. Tendo acabado de ultrapassar a marca de 300 partidas com a camisa do Liverpool, o capitão deve ser acompanhado por um rosto conhecido na França: Ibrahima Konaté.

Mas se a defesa dos Reds brilha tanto, é também graças aos seus laterais. Por muitas temporadas, a dupla Trent Alexander-Arnold e Andrew Robertson se destacou como uma das mais bem-sucedidas do mundo. Além das qualidades ofensivas que não precisam mais ser provadas, os dois laterais britânicos parecem agora ter fortalecido suas habilidades defensivas. Com as lesões de Joe Gomez e Conor Bradley, a defesa inglesa que começará no Parc des Princes parece já ter sido escolhida.

No meio-campo, as tendências também estão se tornando mais distintas. Se Wataru Endo, Curtis Jones e Harvey Elliott tentam criar incerteza na mente do treinador holandês, a dupla Ryan Gravenberch e Alexis Mac Allister sempre tem uma vantagem. Juntos, eles formam uma dupla que reina contra todos os adversários dos Reds, para compor um meio-campo que combina técnica e volume de jogo. Uma dádiva para Dominik Szoboszlai, que confia tanto em sua qualidade de passe quanto em sua visão de jogo para servir seus companheiros no ataque.

Uma linha de frente que deve ser novamente comandada por Mohamed Salah (30 gols, 22 assistências), imparável na ponta-direita desde o início da temporada e que não dá chances para Federico Chiesa. Do outro lado, é o importantíssimo Luis Díaz (13 gols, quatro assistências) que é esperado, enquanto Cody Gakpo (16 gols, cinco assistências) pode fazer sua aparição durante o jogo. Por fim, na vanguarda do ataque, o Liverpool também não sente falta de talento. Mas a competição é mais acirrada entre Darwin Núñez (seis gols, cinco assistências) e Diogo Jota (oito gols, três assistências), deixando dúvidas sobre a solução que será escolhida pela equipe inglesa. De qualquer forma, será um dos melhores times do mundo que enfrentará os parisienses na noite desta quarta-feira.