Paris x Inter: o grande jogo

Retrospectiva das trajetórias

Com seis vitórias na fase de liga, incluindo triunfos sobre o Leipzig (1-0), Monaco (3-0) e, especialmente, o Arsenal (1-0), a Inter rapidamente se firmou como uma das candidatas ao título. A equipe italiana sofreu apenas uma derrota, e por margem mínima, contra o Bayer Leverkusen (1-0) — sua única queda na temporada europeia até aqui —, avançando com facilidade às oitavas de final. Nessa fase, a Inter não vacilou diante do Feyenoord (0-2, 2-1), mesmo tendo o clube holandês eliminado o rival Milan na fase anterior.

Mas foi nas quartas de final que os Nerazzurri deixaram sua marca, eliminando o Bayern de Munique, que sonhava com uma final europeia em casa (1-2, 2-2). Em seguida, brilharam nas semifinais ao superarem o FC Barcelona numa disputa épica em dois jogos (3-3, 4-3 na prorrogação).

Por sua vez, o Paris Saint-Germain teve uma fase de liga menos brilhante, mas ainda assim conseguiu quatro vitórias — com destaque para o inesquecível triunfo sobre o Manchester City (4-2). Os Rouge et Bleu tiveram de passar pelos playoffs, nos quais atropelaram o Brest (0-3, 7-0), para garantir vaga nas oitavas de final. Lá, conquistaram uma histórica classificação nos pênaltis contra o Liverpool, em pleno Anfield.

Esse foi o início de um percurso de forte sabor inglês para os parisienses, que venceram o Aston Villa na fase seguinte em jogos emocionantes (3-1, 3-2). Nas semifinais, o PSG surpreendeu o Arsenal com uma vitória importante em Londres (0-1), antes de garantir a vaga na final ao vencer novamente no Parc des Princes (2-1), deixando os Gunners para trás.

Dinâmicas em números

Os adversários

Simone Inzaghi e sua equipe entram principalmente com um sistema de jogo: o 5-3-2. No posto de goleiro, o suíço Yann Sommer é uma das referências no onze titular do Milan. O ex-goleiro do Bayern de Munique sofre, em média, menos de um gol por partida pelo clube nesta temporada, e já realizou... 21 jogos sem sofrer gols. O último obstáculo da Inter é bem auxiliado pela presença à sua frente do excelente Alessandro Bastoni, considerado um dos melhores zagueiros centrais do mundo nas últimas temporadas. O italiano forma uma dupla complementar com seu compatriota Francesco Acerbi, protagonista na classificação dos Nerazzurri para a final.

Benjamin Pavard, de volta de lesão, é esperado para completar a defesa central e reassumir a vaga no time titular da Inter no lugar do internacional alemão Yann Bisseck. Na ala direita, Denzel Dumfries (11 gols e 6 assistências em todas as competições nesta temporada) se destaca e estará obviamente em campo, o que deve levar Matteo Darmian a começar no banco. No lado oposto, outra figura importante da equipe italiana é esperada: Federico Dimarco (4 gols, 11 assistências), que deverá ser preferido ao internacional brasileiro Carlos Augusto (3 gols, 6 assistências).

Essenciais no esquema, os alas contarão especialmente com Hakan Çalhanoğlu (11 gols, 8 assistências), armador recuado que atua na função de "regista". O turco será acompanhado pelo experiente Henrikh Mkhitaryan (1 gol, 5 assistências) e pelo maestro do time Nicolò Barella (3 gols, 8 assistências), formando um meio-campo de qualidades técnicas excepcionais. Davide Frattesi (7 gols, 2 assistências) e Piotr Zieliński (2 gols, 3 assistências) devem, por sua vez, entrar no meio-campo ao longo da partida.

Por fim, no ataque, a comissão técnica italiana conta com uma dupla que funciona perfeitamente: Marcus Thuram (18 gols, 9 assistências) e Lautaro Martínez (22 gols, 7 assistências). Rivais na final da Copa do Mundo de 2022, os dois centroavantes agora causam estragos com a mesma camisa. O internacional argentino, lesionado nas últimas semanas, deve voltar como titular para esta final. Ele deve reassumir a braçadeira de capitão, enquanto Mehdi Taremi (3 gols, 9 assistências) poderá entrar em campo na Fußball Arena München durante o jogo.