Presnel Kimpembe: "Nós somos o time a ser batido"

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Após um final de temporada encurtado por causa de uma pubalgia, o campeão mundial falou sobre seu ano de 2018-2019 e, em particular, a chegada de Thomas Tuchel

No início da temporada, você voltou da Copa do Mundo e o clube passou por muitas mudanças, especialmente em relação ao treinador. Você esperava que a equipe fizesse um início tão bom?

"Todos têm metas assim, de começar tão bem. Mas é certo que não poderíamos esperar 14 vitórias seguidas logo no início da temporada. É um belo recorde e estamos todos muito orgulhosos disso. Não sabíamos o que podia acontecer depois disso, mas foi importante encadear tantas vitórias quanto possível. Conseguimos, mas nós queríamos fazer mais do que parar nas 14. Ficou complicado, mas fizemos o que podíamos."

O Paris Saint-Germain é o favorito em todos os jogos, mas as equipes adversárias não têm mais medo, especialmente quando estão em casa...

"Estes são sempre jogos muito complicados, que não devemos encarar com leveza. A atmosfera sozinha pode mudar um jogo. Mesmo se formos favoritos, os adversários ainda são boas equipes. Sabemos que quando jogamos fora, é sempre complicado. É como nós, quando estamos em casa com a nossa torcida. Podemos ser ainda mais fortes quando temos o décimo segundo homem. Acho que é o mesmo para eles, especialmente porque somos o time a ser batido. É uma motivação a mais para os nossos adversários."

Contra o Nîmes no início da temporada, você deu uma bela arrancada antes de dar um passe magnífico para Mbappé...

"Foi uma partida difícil em Nimes, com uma grande atmosfera. Eu estava jogando apenas o segundo jogo da minha temporada, porque tinha acabado de voltar da Copa do Mundo. Nós estávamos um pouco duros, tínhamos acabado de sofrer um contra-ataque com uma bola na trave e eles estavam tentando atacar novamente, mas eu consegui passar na frente de um jogador adversário. Eu poderia ter passado para Neymar, que já estava bem colocado entre as linhas, mas vi a solução em Kylian. Como sei que ele é muito rápido, fiz um lançamento na diagonal. Com o cansaço, o zagueiro não prestou atenção e conhecemos Kylian, sabemos sua velocidade. Ele conseguiu passar na frente para fazer um golaço magnífico. Eu não teria pernas para terminar a jogada sozinho. Seria difícil, então eu preferi dar a bola aos meus atacantes, que são mais qualificados para isso."

Outra partida importante para o Paris Saint-Germain deste ano foi a vitória contra o Lyon em casa por 5x0. Como você viveu essa vitória, apesar da sua expulsão?

"Foi um jogo complicado, porque nos primeiros quinze minutos fomos um pouco dominados. O Lyon nos pressionou, não nos deixou sair e atacou muito. E aí veio o cartão vermelho. Acho que isso abriu um pouco o jogo. Senti muita frustração, porque não foi um ato voluntário. São lances de jogo e vemos na ação que Memphis (Depay) me bloqueou um pouco, foi isso o que me deixou um pouco desequilibrado. Eu dei um carrinho com o pé direito, que é algo que não sei fazer, eu só dou carrinho com o pé esquerdo. Não machuquei Tanguy (Ndombele), mas vemos no vídeo que o toquei na altura da canela. Não foi intencional, mas foi o que desbloqueou o jogo. Eles também levaram um cartão vermelho e de repente foi uma loucura, era de um gol ao outro. Tivemos os quatro gols de Kylian e é isso, o mais importante é, como sempre digo, a vitória."

Thomas Tuchel veio com um novo sistema e uma nova mentalidade, que você teve que se adaptar para executar...

"Sim, é claro, era outro sistema, com outra filosofia. Acho que é bom para a cultura, para aprender outras coisas. Eu costumava jogar com quatro defensores. Jogar com três desenvolve outras qualidades e para a equipe também é bom. Você também tem que saber como se adaptar, leva um pouco de tempo. É preciso trabalho, mas é bom aprender coisas novas."