Mauro Icardi: o leão ruge

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Aproveitando o fato do argentino ter acabado de renovar com o Paris Saint-Germain, relembre seus primeiros meses de sucesso na capital francesa

Última contratação do verão em setembro de 2019 e a primeira para a próxima temporada, Mauro Icardi tem o mérito de oferecer duas vezes uma chegada altamente antecipada à capital.

É preciso dizer que, no verão passado, o Paris Saint-Germain completou sua janela de transferências da maneira mais bonita, contratando o atacante da Inter de Milão na forma de um empréstimo de um ano combinado com uma opção de compra. Com ele, o Parc des Princes reviveria sua antiga tradição de jogadores argentinos, como Bianchi, Di María, Pochettino ou Sorín, e assim o goleador se tornaria o 16º Albiceleste na história do clube.

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Une publication partagée par Μαυʀɸ Iϲαʀδι (@mauroicardi) le 2 Sept. 2019 à 2 :08 PDT

Ao garantir os serviços do artilheiro da Série A, eleito melhor jogador do Calcio em 2018 e autor de 124 gols com a camisa Nerazzurri, o clube da capital conseguiu, acima de tudo, um jogador determinado a exportar seu nível do outro lado dos Alpes sem destruir seu amor visceral pelo gol.

"Estou comprometido em fazer tudo para ajudar minha nova equipe a chegar o mais longe possível em todas as competições. E mal posso esperar para descobrir o Parc des Princes, um estádio conhecido por sua beleza e fervor!", ele nos confidenciou.

Um grande início

E o argentino não falhou, pois nas primeiras partidas, o leão deixou sua marca em campo.

Em sua estreia, Icardi teve que se contentar com apenas 28 minutos contra o Strasbourg. Como resultado, foi seu o passe para Abdou Diallo cruzar e Neymar marcar o gol da vitória. Na partida seguinte, Icardi já era titular pela primeira vez, contra o Real Madrid. No comando do ataque por quase uma hora, o argentino não mediu seus esforços para trazer profundidade e garra, como no passe para o primeiro gol, marcado por Bernat.

De volta à escalação inicial no segundo duelo europeu, contra o Galatasaray, o nativo de Rosário decidiu assumir a liderança, abrindo seu marcador de gols sob a pressão do caldeirão de Istambul e garantindo a vitória parisiense após uma excelente jogada com Di María e Sarabia (0x1).

E depois, foi contra o Angers, então segundo colocado da Ligue 1, que ele voltou a jogar e marcou o gol da vitória, após triangulação com Neymar e Sarabia (2x0).

Após dez dias de folga internacional para recuperar o fôlego, foi contra o Nice que ele disputou pela primeira vez uma partida inteira. Uma etapa física que não o impediu de fazer um lançamento maravilhoso para Di María abrir o placar e depois marcar um gol no final da partida (1x4).

Três meses após sua chegada, o atacante argentino havia se tornado o primeiro jogador a anotar sete gols em seus sete primeiros jogos como titular na elite francesa desde Mario Balotelli em 2016. Após 18 jogos, ele já havia marcado 14 gols, com direito a dois deles em seu primeiro Classique contra o Marselha (4x0). Uma estatística que também o tornou o jogador mais rápido da história do clube a cruzar a marca dos 10 gols, à frente de um certo Zlatan Ibrahimovic.

“É um orgulho fazer esse tipo de coisa e marcar a história de uma equipe como o Paris Saint-Germain. Tento estar sempre preparado e ser uma opção para meus companheiros com minha movimentação, para dar-lhes a oportunidade de servir um jogador livre. Depois, na área, o atacante deve marcar gols. Estou sempre pronto e focado para dar sequência o mais rápido possível, assim que receber a bola", disse o argentino.

E o craque também brilhava no cenário europeu, marcando cinco gols em seis partidas. 

Um perfil apreciado 

Um jogador oportunista, sempre formidável no último toque. Com e sem bola, ativo o suficiente para oferecer opções, disponível o suficiente para tabelar em espaços curtos e oferecer um ponto de apoio aos seus companheiros: este é o raio-x das intenções ofensivas de Thomas Tuchel com o camisa 18.

Um desejo tático, portanto, motivado pelas qualidades intrínsecas do jogador, seu instinto e sua cumplicidade imediata com seus companheiros de equipe - mas também e acima de tudo por uma adaptação rápida e uma temporada iniciada com pouca preparação física.

E o ex-Nerazzurro enfrentou o desafio de transformar suas raras intervenções em perigo imediato. Por fim, se o camisa 18 toca apenas algumas vezes a bola em um duelo, ele geralmente consegue convertê-las, com uma marca de um gol a cada seis bolas tocadas na área, em média. E mesmo se o afastarmos de sua área favorita, o argentino permanece mestre na arte de fazer muito, com muito pouco. Com um gol a cada 24 bolas tocadas na Ligue 1 e um gol a cada 22 bolas tocadas na Champions, Mauro Icardi pode se orgulhar de ser o melhor no fundamento, já que ninguém se sai melhor no continente entre os artilheiros (com o mínimo de três gols marcados).

Em termos de eficiência, você não precisa ter visto todas as suas partidas para ter uma ideia. É simples: Mauro Icardi marca um gol a cada três chutes na Ligue 1, enquanto ele só precisa de dois na Liga dos Campeões.

Então sim, depois de uma primeira temporada convincente, que era sinônimo de preparação e integração, chegou a hora de Mauro Icardi continuar sua aventura. Porque se o Paris Saint-Germain decidiu exercer a opção de compra do atacante, é para que o argentino possa se estabelecer na capital e começar a escrever sua história lá.