Marquinhos, o centésimo jogo de um capitão exemplar

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No Paris Saint-Germain desde o verão de 2013, Marquinhos cresceu muito desde então. Dentro do clube da capital, o zagueiro subiu na hierarquia com paciência, humildade e dedicação. Contra o Real Madrid, o brasileiro comemorou sua centésima partida como capitão. Confira uma retrospectiva da carreira de um capitão singular e já histórico.

Há alguns anos, Paris Saint-Germain e Marquinhos são inseparáveis. Rouge et Bleu desde os 19 anos, Marquinhos evoluiu gradualmente para o homem realizado que conhecemos hoje. Durante muito tempo apoiado pelo seu compatriota Thiago Silva,  "Marqui" é hoje um dos melhores zagueiros do planeta e o pilar da nossa defesa. Prova do seu altruísmo, o capitão Marqui também se dedicou muitas vezes, sempre com um sorriso, a jogar no meio-campo para compensar uma falha nesta posição ou na lateral-direita no seu início pelo clube. Prioridade ao coletivo. Sempre. Porque sim, Marqui é um jogador coletivo e a aura de capitão eleva todos os seus companheiros.

"Marqui é magnífico" confidenciou Marco Verratti ao microfone da Téléfoot. "Ele é sempre positivo, sempre tem uma palavra para todos. Ele é perfeito para nós."

O lateral Achraf Hakimi também confidenciou ao microfone da PSG TV sobre a contribuição de seu capitão em campo. "Ele é uma lenda do Paris Saint-Germain, um líder, e mostra isso em todos os jogos. Ele é um capitão perfeito para nós. Estou feliz por jogar ao lado dele. Ele ajuda os jovens, mas também todos os jogadores. É importante tê-lo na equipe."

Nuno Mendes foi mais um que elogiou as qualidades daquele que descreve como "um grande homem": "Marquinhos é a definição de um grande capitão, que dá tudo ao clube. Ele merece tudo o que acontece com ele".

Se a história parisiense do paulistano era sinônimo de paciência, sua estreia pela Liga dos Campeões já dava um gostinho de tudo o que estava por vir. Poucas semanas após sua chegada à França, Marquinhos foi decisivo contra o Olympiakos, em 17 de setembro de 2013, pela fase de grupos da competição europeia. Ele assinou seu primeiro gol naquele dia com o escudo parisiense costurado sobre o peito. Os torcedores do clube da capital conheceram naquela ocasião aquele que mais tarde se tornaria uma verdadeira lenda parisiense.

Ainda muito jovem no elenco, Marquinhos soube aproveitar as oportunidades que se apresentavam, mostrando sempre um estado de espírito irrepreensível. Paciência, versatilidade e humildade eram suas palavras de ordem. Sua maneira de comemorar um carrinho decisivo como um gol já nos encheu os olhos mais de uma vez. Ao lado dos mais velhos, Marquinhos se fortaleceu até se tornar indispensável.

Através de sua vontade de vencer e sua dedicação, Marqui rapidamente mostrou a alma de um líder, capaz de usar a braçadeira de um grande clube. E a consagração chegou. Em outubro de 2017, o brasileiro disputou seu primeiro jogo como capitão contra o Girondins de Bordeaux, e assim se tornou o oitavo brasileiro na história do Paris Saint Germain a assumir o papel. A partir de então, Marqui tornou-se o vice-capitão de Thiago Silva. E o zagueiro não esperou usar a braçadeira para nos fazer vibrar!

Capitão no jogo de volta das oitavas de final da UEFA Champions League contra o Dortmund em 2020, Marquinhos esteve em todas as frentes. Em 11 de março, quando a pandemia global já começava a colocar o mundo em espera, o capitão e sua equipe ofereceram aos torcedores presentes ao redor do estádio a primeira classificação para as quartas de final em quatro anos.

A aventura do Final 8 apenas reforçou a liderança do nosso camisa 5 em campo. Frequentemente decisivo com a cabeça, foi ele quem, depois de uma sufocante quartas de final, marcou o gol de empate contra a Atalanta e ofereceu a semifinal à sua equipe. Insaciável, foi novamente ele quem abriu o placar na semifinal contra o Leipzig, deixando sua marca na primeira classificação do Paris Saint-Germain para a final da Liga dos Campeões.

Vice-capitão até o momento, foi com a saída de Thiago Silva, no verão de 2020, que Marquinhos se tornou o capitão oficial do Rouge et Bleu. Era a consagração de uma carreira esportivamente e humanamente irrepreensíveis. E "Mocote", como é chamado pela família, nos traz boa sorte, com um registo de 71 vitórias, 16 empates e 13 derrotas como capitão. Em sua primeira temporada como capitão oficial, Marquinhos foi cada vez mais decisivo e seu time chegou às semifinais da Liga dos Campeões pela segunda vez consecutiva.

Todos nos lembramos daquele gol na Allianz Arena em um campo nevado onde, em um lançamento milimétrico de Neymar Jr, o capitão aumentou a vantagem graças a uma finalização clínica. Na semifinal, o capitão Marqui mais uma vez assumiu a responsabilidade e abriu o placar ao desviar um escanteio de Ángel Di María com capricho. Ele foi o único artilheiro parisiense neste confronto duplo contra o Manchester City.

Ao longo dos anos, Marquinhos provou seu apego ao clube da capital. Com seu francês perfeito, sua relação passional com os torcedores e sua integridade infalível em relação ao Paris Saint-Germain, Marquinhos é unanimidade. E a história está apenas começando… Na semana passada, Marqui ainda declarou ao microfone do Téléfoot: "O Paris é o clube da minha vida". Tendo se tornado um homem em Paris, ele é hoje um verdadeiro símbolo desta equipe Rouge et Bleu e não há dúvida de que a história de amor entre Marqui e o Paris será eterna.