Marquinhos e Jean-Marc Pilorget: '435 jogos, um grande orgulho'

Entrevistas

Os dois jogadores com mais partidas na história do Paris Saint-Germain (435 jogos) falaram sobre suas memórias parisienses. Um encontro histórico em todos os sentidos, cheio de emoção

Foi nas alturas do Parc des Princes, com uma vista deslumbrante do campo, que os dois recordistas de jogos pelo clube da capital se encontraram para uma longa entrevista.

Os dois puderam discutir pela primeira vez este elevado número de jogos, um recorde raro no futebol moderno, como atesta Jean-Marc Pilorget: "Há alguns anos, não pensava que um jogador fosse capaz de alcançar este feito. Porque é realmente uma conquista chegar a tantos jogos pelo mesmo clube".

O atual capitão do Paris Saint-Germain Marquinhos concorda, destacando o amor que os dois têm pelo clube: "Não necessariamente pensamos nisso, nunca disse a mim mesmo que poderia bater esse recorde. E aí as partidas vão passando e chegamos a esse número. É um grande orgulho porque, tal como Jean-Marc, jogamos neste clube que tanto amamos. Nos sentimos bem aqui, é a nossa casa, o Paris é um clube que me permitiu crescer, disputar grandes jogos, descobrir a Europa. É também por isso que eu quis ficar por tanto tempo".

Eles têm muitas lembranças e é com muita emoção que Marqui e Jean-Marc Pilorget contam um ao outro sobre seus momentos significativos e, principalmente, suas respectivas grandes estreias: "São vários momentos que me marcaram", começa Pilorget. "Primeiramente, minha estreia. Porque isso é algo inesquecível. Mesmo que não tenhamos vencido, foi no Parc des Princes. É uma lembrança que não consigo esquecer, mesmo sendo velho e às vezes perdendo um pouco a memória. E depois, também teve o primeiro título do clube, na final da Copa da França contra o AS Saint-Étienne. Foi uma partida maluca que terminou nos pênaltis e eu converti a última cobrança. Então, fui o responsável pelo primeiro grande troféu do PSG."

A mesma história para Marqui, que lembra de sua estreia: "É sempre um momento especial, principalmente porque que eu era muito jovem. Pisar pela primeira vez no gramado do Parc foi uma loucura. E também o meu primeiro jogo na Liga dos Campeões. São momentos de enorme orgulho".

É impossível para estes dois grandes campeões não discutirem a sua posição favorita. E ser zagueiro é um mundo à parte, como destaca Jean-Marc Pilorget: "Existe a vontade de vencer, é claro, mas é preciso ter essa mentalidade de liderança, porque a gente vê tudo em campo, tem que ser capaz de reformular a equipe, transmitir mensagens. Os zagueiros são jogadores inteligentes".

"É verdade", concorda Marquinhos. "Temos que pensar muito, analisar. Podemos dar conselhos, conversar com os jogadores no intervalo. Não se trata apenas de fazer boas jogadas, é preciso também saber analisar o jogo."

Confira na íntegra o encontro entre Marquinhos e Jean-Marc Pilorget:

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