Marquinhos: "Dar alegria aos torcedores"

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Antes de regressar ao Brasil para participar da Copa América, o vice-capitão do Paris Saint-Germain falou sobre sua temporada, marcada pela descoberta de um novo papel em campo

Marqui, como você se sente após ganhar seu quinto título do Campeonato Francês?

"Estou muito orgulhoso porque, para ser campeão, você precisa de muitos ingredientes. Há muita gente que acha que é fácil vencer o campeonato, mas isso não é verdade. Nós viajamos, são dias longos para conseguir pontos complicados como visitantes. Nós passamos o ano inteiro trabalhando duro. E poder celebrá-lo com nossos torcedores também é um grande sucesso. Este título era um dos principais objetivos desta temporada. Eles estavam conosco o ano todo, fizeram as mesmas viagens que nós, em trajetos muito longos. O mínimo que podemos fazer é celebrar com eles."

Após a Copa do Mundo de 2018, você se uniu à equipe na Ásia. Houve muitas mudanças no clube, como foi esta reapresentação?

"Normal, apesar de várias mudanças importantes. Há sempre uma pequena semana de adaptação, mas é verdade que, com o treinador, tudo ocorreu muito rápido. Conseguimos uma sequência de bons jogos, especialmente no Campeonato Francês, com um bom estado de espírito, uma boa mentalidade. Ele precisava de um pouco de tempo para colocar sua filosofia em prática, porque ela era nova. Nós também precisávamos de tempo para entender completamente o treinador. Ele soube compreender e aprender a qualidade de seus jogadores. O treinador soube imediatamente como estar muito perto de nós para entender melhor cada um dos seus jogadores. Foi aí que ele viu qualidades em mim que outras pessoas não tinham visto. Meu relacionamento com ele sempre foi muito bom."

Exatamente, você teve um novo papel nesta temporada. Como ele abordou com você essa mudança de posição e como você a vivenciou?

"Quando faltava alguém no meio de campo, ele procurava soluções e encontrou em mim as qualidades que me fizeram ser essa solução. Ele falou comigo pouco tempo antes de me colocar no meio, me explicou o que queria que eu fizesse. Especialmente a princípio, ele sabia que haveria um momento de adaptação. Ele me pediu coisas muito simples para que eu entendesse como as coisas eram no meio de campo, para ganhar confiança e poder fazer melhores partidas. No começo, foi difícil entender o que ele queria que eu fizesse, mas precisava ser flexível quanto às suas escolhas. Eu joguei como lateral no início da minha carreira, mas não era algo frequente. Eu estava confortável na defesa central e fiquei surpreso com a escolha dele. Mas ele soube gerir bem, me deu a motivação que precisava. Meus primeiros jogos nessa posição não foram os meus melhores com o Paris Saint-Germain, eu recebi muitas críticas. Mas ele soube me dar toda a confiança necessária e depois eu consegui atuar melhor."

Qual a sua opinião sobre a temporada do Paris Saint-Germain que acabou de terminar, especialmente na Ligue 1?

"Nós ganhamos menos troféus do que em temporadas passadas. Mas em termos de filosofia do jogo e estratégia, uma filosofia que o clube tem procurado há muito tempo, há muitas coisas positivas. Agora, este é o momento em que o treinador tem que trabalhar muito e ver como ele quer evoluir no próximo ano, ao nível dos jogadores e da organização. Foi um ano em que ele conseguiu compreender o que era o Paris Saint-Germain, seus jogadores e o Campeonato Francês. Agora cabe a ele trabalhar duro para que o próximo ano seja ainda melhor do que este. Como sabemos, o maior objetivo do clube é vencer a Liga dos Campeões, mas não devemos pensar apenas nisso. Ao longo da temporada, temos que buscar muitos troféus, fazer belas coisas, dando alegria e energia aos torcedores. Mas também sabemos que no futebol você tem que conquistar títulos e ter uma sequência de vitórias. O que importa ao final é o resultado."