Marco Verratti: “Restam 90 minutos”

Como você se sente fisicamente, depois da lesão?

Estou melhor, voltei progressivamente ao time. Tive que superar essa lesão que realmente me fez mal. Tento fazer de tudo para ficar disponível para o jogo e continuo a trabalhar para chegar na melhor forma possível. O treinador decidirá, mas farei de tudo para estar entre os 23.

O que você sente antes de disputar uma das partidas mais importantes da história do clube?

É uma sensação incrível, já fazem oito anos que estou aqui e passamos por momentos difíceis, mas é normal, pois a Liga dos Campeões é sempre assim. Tivemos um percurso incrível até aqui durante a temporada. Temos pela frente os 90 minutos mais importantes de nossas carreiras como futebolistas e da história do clube. É preciso treinar bem e preparar bem o jogo, pois vamos encontrar uma grande equipe, que possui o mesmo desejo de ganhar. É uma final merecida.

Ganhamos nossos jogos, mesmo se eles foram complicados. Foram partidas de alto nível, contra a Atalanta quando ganhamos nos últimos minutos ou com a incrível performance frente ao Leipzig. É uma bela forma de vencer. Estamos felizes com nosso percurso. Temos um objetivo claro, queremos chegar até o final dando o máximo. É um momento histórico para o clube, mas também para boa parte do nosso elenco que jamais disputou uma final da Liga dos Campeões. Só pensamos nisso.

O que você pensa do adversário da final, o Bayern de Munique?

Assistimos todos os jogos juntos. É um time muito forte na defesa, meio e ataque e muito físico com jogadores de qualidade. O Bayern merece estar aqui, eles fizeram uma grande campanha. É uma equipe que está habituada a jogar esse tipo de jogo, que sabe se adaptar em relação ao adversário. Eles sempre conseguiram ser superiores ao rival. É por isso que acredito que a final terá duas equipes que mereceram estar onde estão. Será um grande jogo no domingo, é uma final de Liga dos Campeões e é normal que seja contra uma grande equipe como o Bayern, um time sólido que já venceu a competição por diversas vezes e conhece a final. Estamos felizes por poder enfrentar esse time.

Você enxerga isso como a recompensa por todos os anos de trabalho?

O dia da recompensa chega quando você trabalha. Vivemos momentos complicados, seja a minha pessoa ou os torcedores. Mas penso que isso faz parte de um processo que um time deve passar. Na Liga dos Campeões, não há apenas um time que deseja ganhar, mas existem sempre cinco ou seis favoritos e é por isso que é duro chegar até a final. É muito bonito estar na decisão, mas é preciso vencer para a gente se lembrar de tudo isso. Sabemos que restam 90 minutos e não queremos parar por aqui, pois, no fim, só lembramos daquele que ganha o troféu.