Jogadores do Paris Saint-Germain na Copa do Mundo: Ato 1, década de 1980

News

A poucos dias do início da Copa do Mundo FIFA Catar 2022, relembramos a história dos jogadores do Paris Saint-Germain em Copas do Mundo. Primeira etapa: década de 1980.

Foi em 1982 que os jogadores do clube da capital se apresentaram pela primeira vez em uma Copa do Mundo. Quatro parisienses participaram da competição na Espanha: o goleiro Dominique Baratelli e o atacante Dominique Rocheteau, pelos Les Bleus, o argelino Mustapha Dahleb e o iugoslavo Ivica Surjak.

Dominique Baratelli, de 35 anos, o integrante mais velho da equipe, não disputou nenhuma das partidas na Espanha, mas o seu colega Dominique Rocheteau marcou dois gols contra a Irlanda do Norte (4-1, 4 de julho de 1982) antes de se lesionar. Ele esteve em Sevilha na inesquecível semifinal contra a Alemanha Ocidental (3 a 3, 4 a 5 nos pênaltis, 8/7/1982) e tem lembranças especiais deste duelo contra a Alemanha: "Foi uma partida espetacular, com suas constantes reviravoltas e o drama no final."

O capitão da Iugoslávia, Ivica Surjak, viveria um inferno ao longo da competição, com uma humilhante eliminação na primeira fase. Mustapha Dahleb também caiu na primeira fase, apesar de uma estreia excepcional com os Fennecs, vencendo por 2 a 1 a Alemanha Ocidental (16/06/1982): "Tenho boas lembranças desta competição, talvez com um pouco de decepção, porque deveríamos ter chegado à segunda fase."

A Copa do Mundo de 1986 no México destacaria quatro dos semifinalistas da França: Joël Bats, Luis Fernandez, Dominique Rocheteau e Michel Bibard.

Luis Fernandez foi um dos heróis da noite mágica de Guadalajara contra o Brasil (1 a 1, 4 a 3 nos pênaltis, 21/06/1986), marcando o pênalti decisivo: "Essa partida era um sonho de criança. Joguei contra os deuses do futebol, foi excepcional para mim. Será sempre um dos melhores momentos da minha carreira."

Dominique Rocheteau começou no ataque contra os brasileiros e Joël Bats também foi heroico no gol, defendendo um pênalti de Zico, no tempo normal, e depois de Sócrates, na disputa de pênaltis: "Lembro do barulho e do samba nas arquibancadas daquela partida. Havia um clima de festa, e o jogo foi uma festa. Finalmente, o alívio veio com o chute do Luis. Eu disse a ele antes do chute: "Você vai marcar, Deus está conosco!"

 

Michel Bibard, por sua vez, esteve envolvido na disputa do terceiro lugar, com vitória sobre a Bélgica (4 a 2, 28/6/1986) ,a melhor classificação dos Bleus até então em uma Copa do Mundo: "Antes de sair, teria feito a viagem de joelhos para estar entre os convocados. Tenho uma memória excelente, conta na carreira de um jogador de futebol participar de um evento como esse."