Gini Wijnaldum: "Você tem que saber como colocar seus sentimentos de lado"
O meio-campista parisiense falou sobre sua integração e o desempenho do Paris Saint-Germain desde o início da temporada. Uma entrevista de coração aberto!
Gini, como você começou a jogar futebol?
"No início, gostava muito de ginástica! E então, enquanto jogava futebol na rua com meus amigos, percebi que eu jogava bem. Decidi então me tornar um jogador profissional e disse à minha avó que era o esporte que eu havia escolhido. Ela ficou feliz, até porque achava a ginástica muito perigosa!"
Quais foram os jogadores que te inspiraram?
"Quando comecei a jogar, queria ser meia como o Clarence Seedorf. Minha família sempre o admirou, porque ele veio do mesmo país que nós. O Clarence sempre foi considerado o maior esportista do país, então quando eu jogava queria ser como ele dentro de campo."
Como você gerencia suas emoções em torno de uma partida?
"Mesmo quando era jovem, não sentia muita pressão quando estava jogando. Este ainda é o caso hoje. Sinto mais quando não estou jogando, fico um pouco nervoso. É como numa disputa de pênaltis. Se eu tiver que cobrar, fico feliz, mas é difícil para mim ver meus companheiros cobrarem! Quando você está em campo, pode controlar suas emoções e situações. O que não é o caso quando você não está em campo. Mas sou uma pessoa tranquila, consigo controlar tudo."
Temos a impressão de que a gestão da emoção é algo fundamental...
"É crucial, sim. Quando não estamos bem, tristes ou confusos, podemos levar alguns dias para fazer um balanço. Quando você é jogador de futebol, é diferente. Porque o próximo jogo está chegando, o próximo treino também. Você tem que saber colocar seus sentimentos de lado, jogamos em um nível tão alto que você tem que ser eficiente a cada três dias. Você não pode ficar desapontado por muito tempo, ou mesmo comemorar por muito tempo. Funciona nos dois sentidos."
Que tipo de pessoa você é no dia a dia?
"Sou uma pessoa feliz, sorrio muito, porque me sinto bem! Mas, como todo mundo, existem momentos mais difíceis. Somos todos seres humanos. Só que quando algo está errado comigo, dá para ver imediatamente!"
Você está vivendo em um novo contexto...
"Tudo é diferente para mim, estou mudando radicalmente de vida, de país, de língua. E, inevitavelmente, leva tempo para se adaptar. Tenho novos companheiros de equipe, um novo treinador, continuo a conhecê-los dentro e fora de campo. Estou trabalhando muito para fazer o meu melhor e fazer a diferença. Assumi um risco, mas acho que você tem que saber sair da sua zona de conforto, crescer e aprender sempre mais. E eu sei que fiz a escolha certa, estou confiante."
Como você vê a temporada até agora?
"Estamos trabalhando muito para obter bons resultados e jogar melhor do que o que estamos fazendo agora, mas temos um verdadeiro espírito de equipe e uma mentalidade de aço. Isso é fundamental para conquistar títulos e ser uma grande equipe. Estamos no caminho certo."