Gianluigi Buffon: "A serviço do coletivo"

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Poucos dias antes da final da Copa da França entre Paris Saint-Germain e Rennes, o goleiro italiano faz um balanço da sua primeira temporada no clube

Gigi, depois de nove meses na França, como está sendo sua experiência aqui?

"Simplesmente magnífica! Passei nove meses em uma cidade maravilhosa. Todos me receberam muito calorosamente, me mostraram muito carinho. Minha experiência aqui é excelente e estou feliz por ter feito a escolha de vir a Paris."

Quais eram seus objetivos ao chegar a Paris?

"Eu queria descobrir um novo ambiente de futebol e de vida que pudesse me somar ao nível humano. E devo admitir que tudo isso foi preenchido. Sempre quis sair da minha zona de conforto e viver novas experiências. Tento seguir em frente de forma humilde, aprender e descobrir coisas novas, e este é o caso aqui em Paris. Eu aprendi francês. Sei que isso vai me ajudar no futuro a ter mais confiança em mim, é muito importante."

No plano esportivo, a temporada é linda, com destaque para estas 14 vitórias consecutivas no início da temporada...

"Sim, foi ótimo. Às vezes, não nos damos conta da dificuldade de ganhar, especialmente tantos jogos, mesmo que sejamos favoritos. Ganhar requer uma energia mental e física muito forte. É necessário trabalhar muito, apagar os erros e continuar progredindo. Nem todo mundo pode fazer isso. Seria injusto dizer que somos campeões apenas porque devemos ser os mais fortes. Nós vencemos porque somos profissionais e trabalhamos para que a equipe seja a mais forte. Damos de tudo nos treinamentos e partidas para ter a certeza de ganhar."

Há dois goleiros titulares na equipe, algo novo para você...

"Sim, foi algo novo. Nos últimos anos, na Juventus, foi decidido que o segundo goleiro jogaria entre 10 e 15 jogos, e eu faria o restante. Houve rotatividade, mas não desse jeito. Eu aceitei completamente isso aqui porque quero servir ao coletivo. Quero trazer algo positivo ao grupo, e isso significa aceitar as escolhas do treinador. Com os outros goleiros, Alphonse, Sébastien e Thomas, conseguimos criar um pequeno e real grupo de trabalho. Somos todos amigos e esta é a nossa maior vitória."

A final da Copa da França está se aproximando. Quais são as diferenças entre esta copa e a Ligue 1?

"São duas competições que não são vencidas da mesma maneira. O aspecto do mata-mata é algo diferente. Há uma final a ser disputada, com duas equipes que estão perto de levantar um troféu, e isso é decidido em uma partida. Mesmo se estivermos na pele dos favoritos para esta final, as chances de vitória são quase equivalentes. Tudo pode acontecer em uma partida, uma expulsão, uma lesão, uma bola na trave... Você tem que saber como se manter focado por 90 minutos."

Qual a sua opinião sobre a equipe do Rennes?

"O Rennes é um time muito bom, o que é perigoso. Lembro-me dos jogos da Ligue 1 contra eles, vencemos por 3 a 1 e 4 a 1, mas foram muito complicados. Eles são muito organizados, especialmente na frente. Devo admitir que fiquei positivamente surpreendido com o nível do campeonato deste ano. Há várias equipes que me impressionaram, como Lyon, Lille, Strasbourg, e o Rennes também é uma delas."