Foco na estreia de Alessandro Florenzi

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Em sua estreia na capital, o novo parisiense precisou entrar em sintonia em um Classique tenso

Às vezes, as coisas não saem como planejado. Na noite deste domingo (13), o Paris Saint-Germain perdeu para o Olympique de Marselha (0x1), apesar de um claro domínio em campo e de uma infinidade de chances, que acabaram não sendo concretizadas.

Para a sua estreia com a camisa Rouge et Bleu, o italiano teve de mergulhar na atmosfera quente de um Classique. Assim, ele se tornou o primeiro jogador do Paris a estrear na Ligue 1 contra o Marselha desde David Beckham, em 24 de fevereiro de 2013.

Uma partida quente, uma intensidade altíssima e um clima eletrizante: esse era o cardápio do italiano em seu primeiro jogo na capital. E é claro que o ex-Giallorosso estava com fome. Alinhado desde o início na lateral-direita do 4-3-3, o camisa 24 se destacou, inserindo-se facilmente nos planos de Thomas Tuchel.

"A chegada dele nos dá muitas possibilidades táticas. Mas a ideia não é mudar nossa tática, mas sim melhorar nosso time, que ele se adapte e nos ajude. Espero sinceramente que possamos ver o Florenzi da Roma, ele foi um dos melhores jogadores nesta posição na Serie A durante vários anos", disse o treinador em entrevista coletiva no dia anterior, antecipando a versatilidade de seu novo reforço, acostumado a atuar em sistemas diferentes.

E é claro que o lateral-direito mostrou logo de cara todas as suas qualidades.
Defensivamente, ele teve a difícil tarefa de segurar o lado direito contra a dupla Payet e Amavi. Além de suas arrancadas e uma disposição incansável para marcar, seu altruísmo também se traduziu nas estatísticas, que incluíram dois carrinhos e três roubadas de  bola.

Ofensivamente, ele teve que encontrar espaços para distribuir bolas perigosas ao trio de ataque formado por Di María, Neymar Jr. e Pablo Sarabia. Desafio cumprido, já que ele foi o jogador com mais cruzamentos (9).
Um verdadeiro detonador na área marselhesa, ele distribuiu uma série de bolas que se traduziram em chegadas perigosas, entre elas a soberba jogada de Pablo Sarabia, que só foi parado por Steve Mandanda (16'/2ºT).

No papel, ele esteve na origem dos últimos cinco passes antes de uma finalização parisiense, a melhor estatística da partida nesta área. Em outras palavras, ele maximizou uma já notável qualidade de cruzamentos, ao mesmo tempo em que teve uma proporção de 93% de passes bem-sucedidos.

Fisicamente, ele que assinou contrato com o Paris Saint-Germain apenas dois dias antes deste Classique, também se destacou. Em 84 minutos de jogo, ele foi capaz de explorar o gramado do Parc para cima e para baixo, alternando entre tabelas em pequenos espaços, toques de primeira e arrancadas contundentes em profundidade. Antecipação, força ofensiva e entrega constante: qualidades que não são diferentes das que podemos ver do outro lateral da equipe, Juan Bernat.

Sobre a sua mentalidade, Thomas Tuchel já havia avisado: "gosto da sua mentalidade e da sua energia em campo".

Em um duelo elétrico, mas órfão das vozes de mais de 40 mil torcedores, Florenzi demonstrou um constante sacrifício. E encerrou sua partida com uma palavra aos apaixonados pelo clube da capital.

Depois de mais de uma década com a AS Roma, o jogador de 29 anos fez uma estreia convincente na Cidade Luz. “Estou muito feliz com a atuação do Florenzi. Ele não tinha treinado muito e acrescentou bastante ao jogo”, concluiu Thomas Tuchel após o duelo.