Di María, sete temporadas que marcaram história

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No Paris Saint-Germain desde o verão de 2015, Ángel Di María deixou o Parc des Princes neste sábado pela porta da frente e partiu como uma verdadeira lenda. Durante sete anos, o argentino deslumbrou a Cidade Luz com sua paixão contagiante e sua inesgotável sede de vitória. Confira uma retrospectiva da história de Fideo em Paris

6 de agosto de 2015. Ángel Di María atravessava o Canal da Mancha e assinava um contrato de quatro anos com o Paris Saint-Germain. O amor à primeira vista era imediato entre o clube e sua nova joia. Acolhido como deveria ser, o novo camisa 11 sentia-se em casa. A conexão estava criada e El Fideo passaria sete anos devolvendo todo esse amor em campo. Paixão, solidariedade e abnegação seriam as marcas do craque.

Chegado recentemente à França, era no Principado de Mônaco que o novo parisiense realizava o seu batismo na Ligue 1. Como um símbolo de tudo o que se seguiria, Ángel Di María dava o seu primeiro passe decisivo com o escudo parisiense no peito para seu compatriota Ezequiel Lavezzi! Símbolo de seu desejo, Ángel levou apenas 4 minutos para desbloquear seu contador de gols com a camisa parisiense na Liga dos Campeões, contra o Malmö FF.

Na mesma temporada, El Fideo contribuiu para a classificação parisiense contra o Chelsea nas quartas de final da Liga dos Campeões, dando uma nova assistência a Zlatan Ibrahimovic em Stamford Bridge. Ele fechou a temporada 2015/2016 com 40 partidas, 15 gols e 24 assistências. Uma aposta de sucesso para o Paris!

Nova temporada, novos objetivos. Depois de um início de temporada cheio de nuances, foi em uma noite de fevereiro de 2017 que Ángel Di María escreveu uma das páginas mais bonitas de sua história na cidade do amor. No dia 14 de fevereiro de 2017, a capital francesa recebeu o FC Barcelona para uma partida de ida das oitavas de final aguardada ansiosamente por todos os amantes do futebol. Transcendido pela magnitude do encontro, foi logo no início de jogo que o argentino abriu o placar com uma cobrança de falta perfeitamente executada, antes de marcar novamente para dar um golpe de misericórdia aos visitantes. Uma noite mágica oferecida pelo nosso camisa 11, e logo em seu aniversário de 29 anos!

E é sempre quando você menos espera que o craque aparece! Em 2018, o Paris estava contra a parede na Liga dos Campeões. Depois de um início de campanha complicado, o clube da capital devia somar pontos a todo custo. O Napoli ia ao Parc para a terceira rodada da fase de grupos. Enquanto o Paris saia perdendo por um gol em casa, nosso Anjo da Guarda veio salvar o dia com um golaço. Em uma jogada de Neymar Jr, Draxler tocou para Di María. Tomado por um lampejo genial, o parisiense mandou um chute colocado de canhota indefensável no ângulo do goleiro. O Paris se salvava, e os napolitanos eram nocauteados.

Na semifinal do Final 8, em Lisboa, com o Paris vencendo por 1-0, foi ele quem matou o duelo frente ao RB Leipzig, participando assim da primeira classificação à final do clube na história do torneio. Ao final da batalha, o ponta foi recompensado com o prêmio de Homem do Jogo por seu desempenho bem-sucedido. Ele disse na ocisão: "Honestamente, vai ser difícil dormir esta noite. A equipe fez um grande trabalho, um grande jogo. Agora estamos a um passo de fazer história no clube". O Paris Saint-Germain não conseguiu vencer a final, mas a história foi linda com uma primeira decisão da Liga dos Campeões disputada no ano de seu cinquentenário.

Foi em 2021, durante a final da Copa da França, que Ángel se tornou definitivamente uma lenda parisiense ao assumir o trono de líder de assistências da história do clube, superando Safet Susic e seus 104 passes decisivos. Como uma homenagem à sua estreia parisiense, foi novamente contra o Monaco que ele deu o passe final que lhe permitiu reivindicar o recorde.

No total, Ángel Di María em Paris foi assim: 7 temporadas, 18 troféus, 295 partidas, 111 assistências e 92 gols!

Após sete anos de lealdade, solidariedade e sacrifício para fazer brilhar as cores parisienses, Ángel Di María fez sua última aparição com a camisa Rouge et Bleu neste sábado, 21 de maio, contra o Metz no gramado do Parc des Princes. Artilheiro aos 22 minutos do segundo tempo, o argentino caiu em prantos durante a comemoração. Ele saiu do gramado com uma guarda de honra de todos os parisienses e uma ovação de todo o Parc des Princes.

Entre lágrimas e alegria, a noite foi rica em emoções para toda a família Paris Saint-Germain, que ficou triste por ver partir um jogador tão importante em sua história.

No dia seguinte à festa de despedida, o Anjo de Rosário escreveu uma última carta de amor ao Paris Saint-Germain: "Chegou o dia que eu temia. Este dia onde eu tenho que lhes dizer até breve. Porque Paris continuará sendo minha casa por toda a vida. Vivemos, com minha família, sete anos inesquecíveis. Desde o primeiro dia nos sentimos em casa. Não tenho palavras para agradecer a todos do clube, a todos os ultras e a todos os torcedores. Cheguei pela porta principal e saio por esta mesma porta. A dor e as lágrimas da minha família e de mim ontem refletem o amor que sentimos por este clube, esta cidade e todas as pessoas que conhecemos. Sentiremos muita saudade. Obrigado, obrigado e mil vezes obrigado".

Palavras tocantes e gratificantes que vão direto ao coração de todos os amantes do Paris Saint-Germain. Obrigado, Ángel por todos esses anos, pelo seu envolvimento, seu respeito e seu amor pela camisa. O Parc será para sempre a sua casa.