Colin Dagba: "Algo extraordinário"

Colin, o que significa para você ser campeão francês?

"É o meu primeiro troféu de verdade, então é algo especial. Eu o saboreio todos os dias. Ser campeão francês e ter o Troféu dos Campeões em uma primeira temporada é incrível. Eu mal podia esperar para estar com os torcedores durante a cerimônia, porque assisti da TV nos anos anteriores. E viver aquilo ao vivo foi algo extraordinário."

Você esperava ter esse papel no PSG há um ano?

"É verdade que eu não esperava nada disso. Após as férias de 2018, eu não sabia aonde iria voltar, para o time principal ou não. Depois, tivemos os estágios em Shenzhen e Cingapura, que já foi algo excepcional, a partida contra o Monaco pelo Troféu dos Campeões também. Depois, joguei algumas partidas na Ligue 1 antes de me lesionar com frequência até fevereiro. Mas me recuperei bem e consegui uma sequência de jogos, inclusive contra o Manchester. Ao final, acabei sendo titular até o final do ano."

Como é o seu relacionamento com o treinador, que costuma falar bastante sobre você em coletivas de imprensa?

"Ele me dá muita confiança, e tento retribuir durante as partidas e treinamentos. Sempre dou 100% e ouço o conselho de todos. Eu não quero ser um fardo para a equipe. O treinador aprecia isso e tenho que continuar neste caminho."

Contra o Monaco no Troféu dos Campeões, Stanley (N'Soki) foi titular na lateral-esquerda e você na direita, e ambos fizeram um grande jogo. De onde vem essa confiança, apesar de tão pouca idade?

"Eu acho que é um pouco de tudo. É graças ao treinador, mas também aos jogadores ao nosso redor. Acho que é melhor ser fiel a quem você é quando joga, mesmo quando são partidas complicadas ou as nossas primeiras. Quando não somos nós mesmos, nos frustramos, não jogamos nosso futebol, perdemos um pouco o nosso rumo. Eu sempre tentei dribles e arrancadas, e mesmo se erro, tento novamente depois. Acho que é o meu estilo e tenho que permanecer assim."

Em qual área você deseja progredir nos próximos anos?

"Os objetivos da equipe são ganhar mais títulos e conquistar vitórias como nos anos anteriores. E de um ponto de vista pessoal, quero continuar a minha progressão, porque ainda sou jovem. E porque não a médio prazo me tornar o titular da equipe?"

Como é atuar com jogadores internacionais como Dani (Alves) e Thomas (Meunier)?

"Isso me faz progredir todos os dias. Eu olho muito o que eles fazem nos treinamentos, tecnicamente, os passes que eles procuram, as chamadas de bola que eles fazem. Em uma partida, eu ouço muito também, especialmente o Dani, porque muitas vezes estamos alinhados juntos. Ele no meio de campo e eu no lado direito, ou eu na zaga e ele na direita. Ouço muito suas colocações, os passes que ele me pede para fazer. É certo que jogar com internacionais como eles me faz querer, por que não, me tornar um internacional francês mais tarde."