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Neymar Jr: pelo amor ao jogo

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Antes de retornar à competição, relembre como foi uma temporada rica em reviravoltas para o atacante do Paris Saint-Germain

Onde Neymar Jr. se sente melhor é em um campo de futebol. O brasileiro não esconde a frustração que as lesões lhe causaram nos últimos anos. Mas nesta temporada, as melhores respostas foram entregues nos gramados.

Decisivo a cada 71 minutos em todas as competições de 2019-2020, Neymar Jr. continua a se deliciar na frente do gol, assim como nos pequenos espaços, em seu corredor ou em toda a largura do campo. Um envolvimento em todos os setores, parabenizado a cada semana pelo seu treinador.

Mestre na arte do drible, ninguém faz melhor do que ele (seis dribles em média por partida) nos cinco principais campeonatos nacionais da Europa. Obviamente, a arte de seu talento não o imuniza contra os adversários, o que explica por que ele também é o jogador que mais sofre faltas por partida na Ligue 1 (4.1 faltas em média).

E em campo?

Em seu retorno ao lendário Parc des Princes, foi contra o Strasbourg que o parisiense quis reviver sua magia. No papel de camisa 10, ele misturou dribles encantadores com belas jogadas. E foi aos 47 minutos do segundo tempo que ele marcou um golaço de bicicleta para dar a vitória aos parisienses (1x0).

Não demorou muito para que pudéssemos vê-lo brilhando novamente. Foi logo no jogo seguinte, desta vez pela ponta-esquerda e diante do Olympique Lyonnais. Entre duas arrancadas e inúmeras tentativas (nada menos do que cinco chutes a gol), foi em uma finalização de canhota, a três minutos do final do tempo regulamentar, que o craque marcou o gol solitário no clássico disputado no Groupama Stadium (0x1).

Um novo gol contra o Bordeaux uma semana depois, e na rodada seguinte contra o Angers, mostraram que a fase era boa. Uma prova, desde o início desta temporada 2019-2020, do desejo de um jogador de se livrar de tudo o que o alvoroço da mídia poderia causar. Para mostrar que você pode resgatar o coração de uma capital ao oferecer as emoções que ela merece. 

Entre 4 de dezembro e 1º de fevereiro, ele precisou de apenas oito rodadas da liga para estar envolvido na bagatela de 15 gols: seis assistências e nove gols marcados pelo camisa 10. Um momento apropriado para que a dupla formada com Kylian Mbappé também brilhasse.

Além disso, foi no frio deste mês de dezembro que a dupla encantou novamente. Enfrentando o Galatasaray para fechar em grande estilo uma fase de grupos quase perfeita da Liga dos Campeões, Neymar Jr. se transformou em um verdadeiro maestro do jogo parisiense. Entre arrancadas fulminantes, longos lançamentos e tabelas explosivas com o francês, foi com um belo passe para o campeão mundial que Ney começou a jogada do gol de abertura do placar, anotado por Mauro Icardi, antes do brasileiro encontrar Pablo Sarabia perfeitamente no segundo gol, além de marcar o terceiro após passe de Kylian Mbappé e devolver o presente para o quarto gol. E ainda deu tempo de oferecer a bola para a cobrança de pênalti que garantiu o quinto gol, marcado por Edinson Cavani (5x0).

E foi ainda na competição continental que o brasileiro deu o seu toque final. Autor do único gol parisiense no jogo de ida das oitavas de final contra o Borussia Dortmund, permitindo que os parisienses continuassem vivos (2x1), também foi ele quem iniciou a resposta no Parc des Princes, apesar da falta de ritmo. Solto para brilhar em todas as faixas do campo, mas com os defensores adversários colados na marcação, foi com a cabeça que Ney, após cobrança de escanteio, abriu o placar a favor do Paris Saint-Germain (2x0). 

“Neymar ainda é a chave, defensiva e ofensivamente. Ele é sempre confiável em partidas importantes. Ele trabalha muito, está sempre presente, é muito inteligente com a bola. E vimos que ele ganhou capacidade após o jogo de ida, porque havia se machucado antes. Ele assume a responsabilidade. Isso dá a todos uma boa impressão", disse um entusiasmado Thomas Tuchel ao microfone da PSG TV após a classificação.

Ainda assim, a temporada está longe de terminar. O atacante de 28 anos, que já marcou 69 gols e deu 36 assistências em 80 partidas pelo clube da capital, ainda tem grandes desafios pela frente, incluindo duas finais de copas nacionais e as quartas de final da Liga dos Campeões em Lisboa.

"Estou pronto e feliz por voltar. Penso muito na Liga dos Campeões, é claro. Com um grupo sólido, conquistamos uma classificação histórica, com entusiasmo e dedicação. Estou impaciente para voltar aos gramados e, se for a vontade de Deus, fazer história", confidenciou o craque. O que é bom, já que os gramados também estão morrendo de saudades do talento do nosso camisa 10.