No sábado, o Paris Saint-Germain foi derrotado por um placar apertado diante do Strasbourg no estádio de la Meinau (2 a 1), em partida válida pela 32ª rodada da Ligue 1. Revemos agora esse confronto, cujo desfecho poderia ter sido mais favorável para os Rouge et Bleu, que lutaram incansavelmente do início ao fim.
Alguns dias após sua vitória fora de casa contra o Arsenal, pela partida de ida das semifinais da UEFA Champions League, o Paris Saint-Germain voltou ao caminho da Ligue 1 na tarde deste sábado. Uma nova e perigosa viagem aguardava o clube da capital, diante da fervorosa torcida no estádio de la Meinau, contra uma equipe de Strasbourg que luta por uma vaga nas competições europeias. Às vésperas do jogo de volta contra o Arsenal, Luis Enrique decidiu escalar um time modificado, marcado especialmente pela estreia de Axel Tape na Ligue 1, atuando na zaga central. O jovem Titi formou uma dupla inédita com Lucas Beraldo, à frente do gol defendido por Matveï Safonov, enquanto Lucas Hernandez e Warren Zaïre-Emery, capitão do dia, ocupavam as laterais. No meio de campo, o técnico espanhol optou por manter Joao Neves, acompanhado por Kang-In Lee e Senny Mayulu. No ataque, Ibrahim Mbaye foi escalado pela direita, com Bradley Barcola pelo lado oposto, ambos dando suporte a Gonçalo Ramos, posicionado como referência no comando ofensivo.
Apesar da sequência de jogos e da atmosfera quente na Meinau, os nossos Rouge et Bleu não demoraram a tomar conta da partida. Após uma bela combinação entre Bradley Barcola e Lee Kang-In, Gonçalo Ramos conseguiu apenas desviar de ombro o cruzamento do sul-coreano. O primeiro susto veio logo em seguida, com uma dupla chance de Senny Mayulu, que se mostrava especialmente ativo neste início de jogo. Totalmente sufocados no primeiro quarto de hora, os alsacianos conquistaram seu primeiro escanteio após uma tentativa bloqueada por Axel Tape. Uma bola parada que, no entanto, sorriu para o Strasbourg, que conseguiu abrir o placar contra o curso do jogo, após um desvio infeliz de Lucas Hernandez contra o próprio gol, depois de uma cabeçada em mergulho de Sarr (1 a 0, 20’).
Bastava esse primeiro gol para definitivamente acender o duelo entre duas das equipes mais ofensivas da elite. Impulsionados por sua torcida, os comandados de Liam Rosenior aumentaram a intensidade e se aproximaram da meta de Matveï Safonov, que venceu o primeiro duelo com Emegha, embora o atacante estivesse em posição de impedimento. A reação dos Rouge et Bleu não demorou: Gonçalo Ramos também tentou a sorte em um chute de ângulo fechado, mas sem sucesso. Buscando igualar o placar antes do intervalo, o Paris passou a jogar mais avançado, o que acabou abrindo espaço para várias oportunidades de contra-ataque dos alsacianos.
Lançado em profundidade, Emegha se viu novamente cara a cara com Safonov, mas o goleiro dos Rouge et Bleu mostrou atenção ao sair nos pés do atacante holandês. Quando o clube da capital parecia encerrar bem o primeiro tempo, o Strasbourg voltou a castigar Paris. Após uma jogada pela direita, Diarra encontrou Félix Lemaréchal no centro, que, com uma esplêndida finalização de voleio de fora da área, conseguiu vencer Safonov (2 a 0, 45’+3).
Logo na volta do intervalo, Luis Enrique decidiu fazer suas primeiras alterações. Lesionado no fim do primeiro tempo, Lee Kang-In deu lugar a Désiré Doué, enquanto mais um jovem da base fazia sua estreia como profissional: Noham Kamara, que substituiu Lucas Hernandez. Mudanças que surtiram efeito imediato, já que o clube da capital conseguiu diminuir a diferença logo no início com uma jogada fantástica em ação individual de Bradley Barcola, que percorreu toda a metade esquerda do campo antes de bater Petrovic com um chute cruzado (2 a 1, 46’). Embalados nesse ótimo início de segundo tempo, os parisienses passaram a pressionar com intensidade a meta alsaciana. Um após o outro, Mbaye e Barcola esbarraram na solidez defensiva do Strasbourg.
Na marca da hora de jogo, Fabian Ruiz também entrou em campo, substituindo Joao Neves. O internacional espanhol logo demonstrou sua vontade de fazer a diferença ao arriscar um chute limpo, mesmo com pouco ângulo, obrigando o goleiro do Strasbourg a uma boa defesa. Com o passar dos minutos, o Paris passou a controlar cada vez mais a posse de bola, se aproximando da área adversária. Muito presente nesse fim de partida, Désiré Doué arriscou duas vezes, mas faltou precisão para realmente ameaçar o goleiro alsaciano.
Até mesmo os Titis se destacaram nos minutos finais, como na primeira tentativa de Mbaye. Recebendo a bola na altura dos 20 metros, o meio-campista parisiense teve uma bela iniciativa ao arriscar o chute, mas sem sucesso. Apesar da sequência de jogos e do cansaço de um segundo deslocamento em poucos dias, o clube da capital demonstrou uma combatividade incansável na tentativa de empatar. Doué, sempre explosivo, mostrou-se imparável pelo lado esquerdo e cruzou com precisão para Gonçalo Ramos, cuja cabeçada, infelizmente, saiu cruzada demais para encontrar o fundo das redes.
Em estado de graça e impulsionado por sua torcida, Petrovic realizou uma sequência de defesas milagrosas diante de Mbaye, Barcola e depois Ramos. Apesar da determinação e das inúmeras oportunidades, o Paris esbarrou em uma equipe sólida do Strasbourg. Agora, todas as atenções se voltam para o jogo de volta da semifinal da UEFA Champions League contra o Arsenal. Vencedores por uma margem mínima em Londres há alguns dias, os nossos Rouge et Bleu têm um encontro marcado com o destino nesta quarta-feira, no Parc des Princes. O compromisso está feito!